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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

As pessoas das ruas...

Agnello Lourenção

A rua que recebe seu nome encontra-se no Jardim Orlando Chesini Ometto II.

Agnello nasceu em 30 de abril de 1900 e faleceu em 09 de junho de 1983.

Foi um artista plástico que criava esculturas com mármore. Fez algumas peças com a face da Nossa Senhora Aparecida e de Jesus Cristo. Suas obras estão em cemitérios da capital do Estado de São Paulo e algumas em Jaú.

Morreu aos 83 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Álvaro Floret

A rua que recebe seu nome encontra-se na Vila Hilst.

Álvaro nasceu em 07 de setembro de 1882 e faleceu em 05 de fevereiro de 1948.

Jornalista por convicção, foi o criador de pequenos jornais. Mas, o que mais se destacou foi um em parceria com seu irmão Gumercindo, que foi o jornal “Comércio de Jahu”, em circulação até hoje em dia.

Morreu aos 65 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Ângelo Zugliani

A rua que recebe seu nome encontra-se na Maria Luiza I.

Ângelo nasceu em 23 de dezembro de 1905 e faleceu em 18 de agosto de 1968.

Foi técnico do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú e criador dos refrigerantes XV. Doou um estádio para o time, próximo ao atual corpo de bombeiros, que foi penhorado e vendido pelo time e que hoje não existe mais.

Morreu aos 62 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Brigadeiro Newton Braga

A avenida que recebe seu nome encontra-se na Vila Vicente.

Newton nasceu em 07 de março de 1882 e faleceu em 16 de agosto de 1959.

Era um militar da Aeronáutica e, embora não seja nascido em Jaú, foi o copiloto em parte da travessia de João Ribeiro de Barros com o “Jahú”, substituindo Arthur Cunha. Recebeu o título de Brigadeiro após seu retorno ao solo brasileiro.

Morreu cego e vítima de um enfisema aos 77 anos. Está enterrado no Rio de Janeiro.



Capitão Ribeiro

A rua que recebe seu nome encontra-se no Jardim Regina.

Nascido em Itu em meados de 1822, casou-se com 18 anos com sua prima de apenas 16 anos.

Seu nome completo é José Ribeiro Camargo, embora a rua seja conhecida apenas pela patente e o sobrenome. Foi um dos fundadores de Jaú e colaborou com a fundação do Povoado de Jaú. Foi um dos responsáveis pela demarcação das ruas que se tornariam o centro da cidade, na área da capela e do primeiro cemitério (entre o Grupo Escolar Major Prado, o Mercado Municipal e a Diretoria de Ensino). Atuou como vereador e neste período conseguiu com que fosse aberta uma estrada que ligava Jaú a Barra Bonita.

José Ribeiro foi o avô de João Ribeiro de Barros, e um dos grandes incentivadores do neto na aviação.



Edgard Ferraz do Amaral

A rua que recebe seu nome encontra-se no Centro.

Nasceu em 13 de fevereiro de 1862 e faleceu em 17 de abril de 1912.

Foi um dos fundadores da cidade de Jaú. Um dos que doou terras para que fosse construído um pequeno vilarejo que, tempos depois, se transformaria no centro da cidade. Também fez o serviço de esgoto, canalização de águas e criação de um reservatório de água para toda a cidade. Colaborou com a instalação dos primeiros telefones e iluminação elétrica. Foi vereador, juiz de paz, delegado de polícia, intendente municipal e deputado estadual.

Morreu aos 50 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Francisco Gomes Botão

A rua que recebe seu nome encontra-se na no bairro Santo Antônio.

Infelizmente, não há informações quanto a data de seu nascimento e falecimento.

Francisco foi um dos primeiros que chegou e comprou terras em Jaú. Mais tarde, cedeu sua casa para a realização da reunião que marcaria os rumos da criação da Matriz e um pequeno vilarejo. 20 alqueires de suas terras, que iam da Matriz até o Pouso Alegre, foram cedidas para a criação desse vilarejo e outra parcela vendida aos Almeida Prado, quando chegaram a Jaú.

Francisco voltou a morar com sua esposa em Rio Claro, onde se tornaria membro da primeira Câmara Municipal de Rio Claro, em 1845, e permaneceria o restante de sua vida sempre atuante na carreira política.

As pessoas das ruas...

Major Prado

A rua que recebe seu nome passa entre os bairros Vila Nova, Centro e Maria Luiza II.

Nasceu em 02 de fevereiro de 1921 e faleceu em 12 de janeiro de 1904.

Francisco de Paula Almeida Prado, mais conhecido por Major Prado, foi um dos primeiros representantes da família Almeida Prado a chegar a Jaú. Francisco comprou o título de major, foi um político e grande fazendeiro. A escola estadual Major Prado, construída em 30 de agosto de 1914 e inaugurada em 15 de novembro do mesmo ano, foi uma homenagem ao nacionalizado jauense.

Morreu aos 83 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Orozimbo Loureiro

A rua que recebe seu nome encontra-se na Vila Hilst.

Nasceu em meados de 1866 (infelizmente não há informações precisas quanto ao dia e o mês) e faleceu em 29 de março de 1936

Orozimbo Augusto de Almeida Loureiro foi o primeiro comendador a concorrer ao cargo em Jaú. Embora tenha ganho a votação para o cargo que seria o de presidente, seu partido optou por outro nome e Orozimbo ficou lembrado como injustiçado político.

Morreu aos 70 anos, aproximadamente, e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Prefeito Doutor Alfeu Fabris

A avenida que recebe seu nome encontra-se no Jardim Padre Augusto Sani.

Nasceu em 13 de abril de 1922 e faleceu em 12 de julho de 1994.

Ele assumiu em 1977, após vencer com 15.520 votos, com diferença de 7.402 votos à frente dos demais, unanimidade na política da cidade até então. Alfeu implantou novas redes de água e esgoto na cidade, abriu mais avenidas, asfaltou o centro urbano, ergueu pontes e viadutos. Ainda trouxe o Corpo de Bombeiros, construiu o kartódromo, expandiu a telefonia na zona rural e instalou postos de saúde na periferia e distritos vizinhos. Ele renuncia em 1982, faltando um ano para completar seu mandato, para lançar sua candidatura como deputado federal, apesar de não ter ganho.

Morreu aos 72 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Soldado Júlio Pinheiro de Araújo

A rua que recebe seu nome encontra-se no Jardim Jorge Atalla.

Nasceu aproximadamente em 1911 (infelizmente não há informações precisas quanto ao dia e o mês) e faleceu em 1º de novembro de 1932.

O jogador de futebol foi um dos mais de 800 jauenses que foram batalhar por uma Constituição na Revolução Constitucionalista de 32. Se alistou como voluntário e lutou durante todo o combate, de julho a outubro do mesmo ano. Porém, voltou para Jaú doente e não conseguiu se recuperar.

Morreu aos 21 anos e suas cinzas foram transladadas ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32 em São Paulo.



Vasco Cinqüini

A rua que recebe seu nome encontra-se no Jardim Pedro Ometto.

Infelizmente não há informações precisas quanto a data de seu nascimento, porém faleceu em 11 de janeiro de 1929.

Vasco Cinqüini, embora não tenha nascido em Jaú, seu feito trouxe grande honra para a cidade. Junto de João Ribeiro de Barros, o mecânico o ajudou na escolha do hidroavião “Jahú” e durante toda a travessia.

Morreu devido à queda de seu aeroplano Breda-15 recém comprado da Itália, que ele faria voos e excursões a fim de sustentar a sua família. No entanto, uma das asas quebrou e ele perdeu o controle do avião. Caiu no mar de Santos, litoral de São Paulo, e foi resgatado por duas pessoas presentes e mais um mergulhador na hora da queda. Está enterrado em São Paulo.



Zezinho Magalhães

A avenida que recebe seu nome encontra-se na Vila Nova Jaú.

Nasceu aproximadamente em 1917 (infelizmente não há informações quanto ao dia e ao mês), e faleceu em 21 de março de 1969.

O advogado José Maria Magalhães de Almeida Prado, mais conhecido como Dr. Zezinho, foi presidente do Esporte Clube XV de Novembro e trabalhou na ascensão da equipe jauense da 2ª para a 1ª divisão de profissionais em 1951. Durante 1955, se candidatou à Prefeitura e ganhou com 5.022 votos. Empossou em 1º de janeiro de 1956 e ficou até 14 de dezembro de 1958, saindo para assumir cadeira na Assembleia Legislativa.

Em 15 de agosto de 1973, foi inaugurado o estádio do XV em sua homenagem, com capacidade para 20 mil pessoas.

Morreu aos 52 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.



Wanderico de Arruda Moraes

A rua que recebe seu nome encontra-se no Jardim Juliana.

Nasceu em 30 de dezembro de 1911 e faleceu em 22 de janeiro de 2006.

Foi delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) durante a ditadura militar em São Paulo. Em uma operação, chegou a prender mais de 900 jovens durante um Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) em Ibiúna, inclusive José Dirceu e José Genoíno, que ocupam cargos importantes no Governo Dilma.

Costumava arquivar em sua casa, em Jaú, os inquéritos de quando atuou com o DOPS da capital do Estado.

Morreu aos 94 anos e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jahu.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O mais rico do mundo



Entre o fim da década de 80 e início dos anos 90, a revista norteamericana “Forbes” elegeu um jauense para a lista das pessoas mais ricas do mundo. Sebastião Ferraz de Camargo Penteado ficou nela por quatro anos consecutivos. Na época, sua fortuna estava avaliada em US$ 1,3 bilhão. Mas, essa dinheirama toda só foi possível porque não mediu esforços para ter uma vida melhor do que seus pais tiveram.

Nascido em 25 de setembro de 1909, Sebastião Camargo era filho dos agricultores Francisco Ferraz de Camargo Penteado e Anna Claudia Carvalho Ferraz. Estudou até o terceiro ano do Ensino Fundamental. Mas sua realidade começou a mudar quando, aos 17 anos, resolveu que era hora de encarar desafios.

Começou a trabalhar retirando terra da construção de estradas no interior paulista. Tempo depois se aventurou como empregado para os irmãos Urbino e Sinésio Sampaio Góes, tornando-se posteriormente empreiteiro.

Tomou gosto pelo negócio e, em 1936, faz parceria com Sylvio Corrêa, abrindo assim um pequeno negócio na Rua Barão de Paranapiacaba, atualmente conhecida como 25 de Março, no Centro de São Paulo. A Camargo Corrêa só daria certo devido ao forte desenvolvimento brasileiro da época e pela política favorável ao produto nacional.

A empresa começou pequena, com poucos funcionários e lucro ínfimo. No entanto, o serviço, sempre muito bem exercido, fez com que ela ganhasse fama. Em menos de três anos, a construtora começou a mostrar que teria um grande futuro pela frente.

Sua empresa foi responsável por mais de mil obras, entre elas as rodovias Imigrantes e Bandeirantes, o gasoduto Brasil-Bolívia, a usina nuclear de Angra 1 e a hidrelétrica Itaipu. Esta rendeu muito que falar, já que o ditador paraguaio Alfredo Stroessner, amigo de pescaria e caça do construtor, disse que só aceitaria a construção se ela fosse feita pela empresa de seu caro amigo “Don Sebastián”.

Também participou da abertura de várias estradas que possibilitaram o acesso a Brasília na década de 50.

Pouco antes disso, em maio de 1948, fundou a Companhia Jauense Industrial e ingressou na indústria têxtil, a fim de gerar empregos para seus conterrâneos. Empregou, sim, milhares de jauenses, mas também a transformou em uma das grandes produtoras de tecidos do país.

O grupo Camargo Corrêa, comandado agora por suas filhas e genros, por sua vez adquire 50% das ações ordinárias e 52% das preferenciais da Santista Têxtil em junho de 2003. No entanto, com o impasse, a empresa fecharia em Jaú, deixando todos seus funcionários desempregados após agosto de 2005.

Pode-se dizer que “Don Sebastián”, “Bastião” ou até mesmo “China”, por conta de seus olhos puxados, foi feliz em sua jornada. Conseguiu provar para aqueles que riam de seus sonhos que aquilo não era impossível. Bastava curiosidade, determinação e persistência.

Seu tradicionalismo garantiu uma gorda e palpável poupança, o que melhorou sua vida, de seus pais, irmãos e descendentes. Porém, morreu em 26 de agosto de 1994, aos 84 anos.