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quarta-feira, 18 de maio de 2011

O brasileiro deve

Não importa se as pessoas compram à vista a maior parte de seus produtos, dados comprovam que o brasileiro não sabe fazer seu dinheiro durar até o final do mês.


Poucas são as famílias que podem dizer que não chegaram ao fim do mês sem dívidas. Contudo, especialistas dizem que a palavra chave é simples: gastar menos.

O economista e professor de Economia das Faculdades Integradas de Jaú, Paulo Freire, diz que o erro mais comum por aqueles que contraem dívidas é gastar mais do que recebe. “O brasileiro nunca tem o dinheiro, ele simplesmente não sabe guardar”.

Segundo Freire, “o procedimento para não se endividar é fazer um levantamento do quanto a pessoa gasta, estipular limites e fazer de tudo para nunca ultrapassar esses limites, além de, é claro, fazer pesquisa para comprar aquele que tem sempre menos parcelas”. Com isso, a pessoa consegue se manter fora do “vermelho”. Se isso, por descuido, não acontecer, a pessoa deve “renegociar”.

Dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor Brasileiro informa que em fevereiro de 2011, as dívidas não bancárias dos brasileiros estavam em torno de R$ 329,00. Já as dívidas bancárias estavam maiores, em torno de R$ 1.200,00. Esse é um sinal de que o brasileiro está se conscientizando do que deve ser feito.

A dona de casa e revendora de produtos cosméticos, Cida Poli de Campos, é vítima do dinheiro. “Não temos salário fixo, então fica complicado para a gente. Tem vezes que a gente consegue pagar todas as contas”, comenta.


O que fazer então?

O brasileiro deve dar prioridade ao pagamento à vista. Para Freire, “o melhor jeito é usar o cartão, porque à vista você paga em 10 vezes sem juros”. Contudo, o uso do cartão preocupa, pois em setembro de 2010, a dívida com cartões foi a maior em dez anos, com até 36,4% de todos os consumidores do país.

Quanto aos cheques, os consumidores devem ter apenas para eventualidades. E é assim que eles aparentam usar, afinal, a taxa de inadimplência com cheques está em queda desde agosto do ano passado, com uma diferença de 0,1% a cada mês.

E quem fica em dívidas uma vez e toma conhecimento da gravidade da situação, aprende. Poli de Campos diz que não faz mais parcelamentos sem necessidade. “Agora não faço mais dívidas que não posso pagar, agora é tudo pensado e calculado pelos mínimos detalhes antes da compra”, ela conclui.

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