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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Limpando o lixo dos outros

Todos os dias, garis e margaridas limpam a sujeira de todos e evitam que o acúmulo de lixo prejudique a saúde da população.


Hoje não é aniversário deles, mas comemora-se a existência dos garis, profissionais que passam o dia varrendo as ruas e limpando as guias nas demais cidades. Apesar de, muitas vezes, passarem despercebidos, eles garantem a limpeza da cidade.

Os garis são os responsáveis pela coleta do lixo que é jogado em lugares errados. O lixo produzido em excesso sempre causou problemas, não só sociais, quanto de saúde também, a peste negra, que atingiu a Europa. Entre 1347 e 1351, o continente teve a perda de mais de 25 milhões de pessoas.

Atualmente, a produção de lixo é maior do que a da Idade Média. A mesma sociedade que produz sem parar, não sabe onde depositar os restos de seus produtos. E é aí que os garis entram como heróis.

O aposentado, João da Serra, foi gari por mais de 20 anos em Jaú, mas preferiu sair em decorrência de problemas de saúde. "O serviço em si é gostoso, você acaba conhecendo um monte de gente, mas em troca disso paga um preço muito alto, porque você fica o dia inteiro no sol trabalhando em pé, varrendo a falta de educação das pessoas", ele conta.

A profissão de gari em Jaú ainda existe, mas é difícil encontrá-los. A dona de casa, Amélia dos Santos, diz que ainda vê garis, mas não é durante o horário de serviço. "A gente formou um laço de amizade, eu e mais duas amigas minhas que eram garis. Elas passavam sempre aqui, e daí depois a Prefeitura foi cortando o emprego delas e no fim, acabei vendo elas só quando elas me visitam ou eu vou na casa delas papear um pouco", ela desabafa.

Os garis em atuação ainda em Jaú são destinados à limpeza das ruas do centro, onde há concentração de comércio, e por consequente pessoas, e o tráfego. Para que mais garis sejam contratados, é preciso que a Prefeitura abra vaga em concursos. Contudo, não é o que acontece. E assim, fica a cargo de cada habitante de Jaú tomar conta da limpeza de sua calçada, das guias e da consciência em jogar lixo no lixo.


Curiosidades:

- No feminino, as profissionais viram "margaridas", não "garis" como é a forma masculina;
- A flor do gengibre chama gari.

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