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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A história de Jaú tratada com descaso



Os monumentos históricos que deveriam simbolizar o valor cultural de Jaú estão sofrendo com o tempo. Expostos à chuva e ao sol, alguns estão descascando. Outros passam por um processo ainda mais acelerado de degradação: a ação dos pombos e da população.

Quando a Praça Siqueira Campos, mais conhecida como praça da Matriz, não estava em reforma, era de praxe ver o monumento do comandante João Ribeiro de Barros cheio de coliformes fecais das aves, comuns naquele local. Não é raro encontrar também monumentos que são alvos de vandalismo.

Segundo o policial Carlos Rodrigues, que contribui com a ronda nas ruas principais da cidade, não há nada que possa prevenir essas ações. “A cidade não conta com nenhum projeto contra vandalismo. As crianças recebem instruções na escola de que não pode depredar patrimônio histórico, mas o problema não são elas, são esses adolescentes que não tem consciência do valor histórico pra uma cidade, eles simplesmente vão lá e por acharem que vão ser mais respeitados no grupo deles, eles quebram tudo, roubam”, conta o policial.

A Praça da República, mais conhecida como “Jardim de Baixo”, é rotineiramente alvo desses adolescentes. Em 2010, a placa de bronze da águia, em homenagem a todos os jauenses que foram lutar na 2ª Guerra mundial, foi roubada. Em seu lugar foi pregada uma placa em mármore, que também já está se degradando. No mesmo ano, o monumento ao soldado da Revolução de 32 foi quebrado. Ele foi reformado e inaugurado na comemoração de 9 de julho este ano.

O policial afirma que há apenas uma única forma de bloquear os atos de vandalismo. “A Polícia Militar está fazendo ronda nas principais ruas da cidade, o que ajuda a inibir não só casos de furtos, roubos, assaltos ou atividades ilícitas, como venda e uso de drogas, mas também a depredação dos patrimônios históricos”.

A secretária de Cultura e Turismo, Jaci Toffano, diz que, infelizmente, são muitos os monumentos que sofrem todos os dias com práticas nem um pouco humanas. No entanto, ela confirma a existência de um projeto que incentiva a conservação histórica com as crianças, que inclusive as leva para passeios pelas casas e demais patrimônios de Jaú sob a responsabilidade do historiador Julio Polli.

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